Em uma tarde de primavera, o salão da pequena igreja estava lotado. Todos aguardavam ansiosamente pela noiva. O noivo, Marcelo, estava no altar, sorrindo e olhando fixamente para a porta. O som da marcha nupcial ecoou, e ela apareceu, deslumbrante em seu vestido branco. Mas algo estava errado; seus olhos não tinham o brilho de alegria que ele esperava. A cada passo, Marina sentia o peso de suas dúvidas. Ao chegar ao altar, olhou fundo nos olhos do noivo e suspirou.
"Eu... me desculpe", murmurou, com a voz trêmula. "Não posso fazer isso."
A igreja mergulhou em silêncio. Marcelo ficou paralisado, sem entender. Marina então se virou e, em meio a sussurros e olhares surpresos, saiu apressada, os saltos ecoando pelo corredor. Lá fora, o ar fresco a envolvido, e ela sentiu um misto de colapso e tristeza. Caminhou sozinha pela rua, sabendo que havia tomado a decisão mais difícil de sua vida. Prefiro a incerteza do desconhecido na vida do que machucar o coração de uma pessoa boa, mas que porém não amo de verdade.
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