O efeito sobre a inflação dos novos reajustes da gasolina e do óleo diesel não deve ficar restrito a junho. Segundo analistas, os aumentos anunciados nesta sexta-feira (17) pela Petrobras também vão gerar reflexo no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em julho.
Não bastasse o impacto dos reajustes por si só, os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados contra a estatal intensificam o clima de tensão no mercado. Esse contexto pode elevar o câmbio e, consequentemente, turbinar as pressões sobre os combustíveis e a inflação, avaliam economistas.
De acordo com a Petrobras, o preço médio da gasolina nas refinarias será reajustado em 5,2% a partir deste sábado (18), e o valor do diesel, em 14,3%.
A política da companhia acompanha a variação do petróleo e da taxa de câmbio. Especialistas, contudo, dizem que os reajustes ainda não foram suficientes para zerar a defasagem dos produtos frente a cotações internacionais.
O economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), projeta que a nova alta da gasolina vai gerar impacto de 0,14 ponto percentual no IPCA, distribuído nos meses de junho e julho. No caso do diesel, o efeito estimado é de 0,04 ponto percentual em igual período.
"No IPCA deste mês, vai aparecer apenas metade do aumento da gasolina e metade do aumento do diesel. Hoje [sexta-feira] é dia 17, e boa parte da coleta dos preços já foi realizada", afirma.
Com os reajustes, Braz elevou sua previsão para a inflação no acumulado deste ano: de 9% para 9,2%
texto vi no site:cidadeverde.com
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