Berço
Ângela da Cruz é espanhola e de família com condição social modesta, mas repleta de virtudes cristãs. Ela cresceu em um ambiente muito religioso, ajudando seus pais nos trabalhos manuais, principalmente na costura.
Modo de viver
De caráter dócil e discreta, suscitava admiração em todos que a conheciam, e embora tivesse que trabalhar, dava atenção para dedicar-se à oração e à mortificação.
Experiência com a Cruz
Certo dia, em uma longa prática de oração, Ângela fez uma experiência forte com a cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Isso lhe inspirou a imolar-se em união com Jesus para a salvação das almas.
Sua vocação: sofrimento
Decidiu consagrar-se a Deus na vida religiosa. Por falta de saúde, não foi admitida no Carmelo, mas, em 1868, ingressou nas Filhas da Caridade. Dois anos depois, teve que deixar a Instituição. Viveu como “monja sem convento”, voltando ao seu trabalho e aceitando a orientação do seu diretor espiritual. Escreveu os seus pensamentos e desejos da alma, até descobrir a sua vocação permanente: a fundação de um Instituto inspirada em “fazer-se pobre com os pobres”. Instalou-se com outras três mulheres num quarto alugado, onde tinham em destaque o Crucifixo e um quadro da Virgem das Dores. Nasciam as Irmãs da Cruz.
Apostolado
Acolhiam meninas órfãs. Pediam esmola com uma das mãos e distribuíam-na com a outra. Em 1879, foram aprovadas pelo Bispo diocesano. Depressa, estenderam-se por toda a Espanha, chegaram à Itália e à América. A Irmã Ângela da Cruz foi nomeada Superiora-Geral, reeleita por quatro vezes, destacando-se pelas suas virtudes de naturalidade e simplicidade.
Cruz e citação bíblica
Sobre a mística da cruz ela deixa seu legado baseado nas sagradas escrituras: “Quanto a mim, que Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” baseando-se em Gálatas 6,14.
Frases da Santa
“Quem quiser conservar a graça, não deve afastar os olhos da alma da Cruz, tanto na alegria como na tristeza.”
“O amor verdadeiro e puro que vem de Deus está na alma e faz com que ela reconheça os próprios defeitos e a bondade divina. Tal amor leva a alma a Cristo, e ela compreende com segurança que não se pode verificar nem haver qualquer engano. A tal amor não se pode misturar algo deste mundo”.
Morte e canonização
Sofreu com trombose cerebral, o que a levou à morte depois de nove meses. Apesar de paralizada, mais procurava agradar do que incomodar. Faleceu
em 2 de março de 1932, e Sevilha passou três dias diante do seu cadáver.
O Santo Padre Papa João Paulo II a beatificou no dia 5 de novembro de 1982.
A minha oração
“Senhor Nosso Deus, Santa Ângela da Cruz viveu a humilhação do desprezo por ter sua saúde fragilizada. Ela ressignificou sua decisão por seguir a Cristo e avançou. Dai-nos essa graça diante do que vivemos hoje. Assim cremos, amém.”
Santa Ângela da Cruz, rogai por nós!
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